Escrevi num papel meu nome e telefone
Dobrei 2 vezes e na mão eu deixei
Tomei outro gole, bati o copo como um homem!
A mirei pela pista e no seu encalço caminhei
As luzes piscavam em flash sem parar
E só então percebi meu andar vacilante
Tudo gira, grita, me toca e respira
As luzes de tão fortes chegam a pesar
Você fugia, mas não saia do meu radar
Mais do que olhar, com os olhos te comia
Não me olhava, mas oras era pra mim que sorria!
Sonhando sem perceber que trançava as pernas e caia
Você nem me viu deitado na pista
E foi outra moça que veio me ajudar
Ao dar-lhe a mão para levantar lá se foi o papelzinho
E não me importei com isso ao ver o decote dela
E lá se foi também a moça exuberante, segurando outro braço
E eu, cambaleante, fui me embora preso por outro quadril.