Velhos terroristas descansam nas labaredas dos meus olhos.
Meninos decrépitos mutilam minha língua em pedaços de noite e sombra.
Canto doces canções para o vento assassino de sonos e colchões improvisados.
Enquanto manchetes compradas corrompem a alegria de nossas festas de orgia e espuma.
Sem sessão no cineminha putaria do arouche Calígula sente a solidão congelando os ossos.
Todos os vagabundos acolhidos na imensidão dos azulejos dos meus bares preferidos.
Toda dor descansando nas sarjetas e bancos na cidade dormitório sem vagas.
Calígula e seus amigos invisíveis comem o jantar sabor abandono,
Mísseis estilhaçam toda hombridade que me resta.
Morteiros alertam a ascensão de nossa animalidade.
Escolho jantar uma esfiha velha na cidade dormitório sem vagas.