18/08/2016 Zumbido Fugaz

O passado trás presente

O seu nome ecoa na minha mente Como o sino que insiste Em avisar sobre a missa das 18h O seu corpo comprime meus anseios Mas trás a tona os mesmos medos dos 16 anos Quando eu te vejo chegar um carro bate E eu não sei mais dizer se ainda são 14 cores que […]

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03/02/2014 Sonhos Viciados

Piazzas I

Hélio Oiticica beija minha mão esquerda enquanto eu tento esconder opiáceos dos guardas e malandros dessa rua antiga e sem dono. Me escondo nos paralelos invisíveis da tua língua morta sem tradutores e dicionários. […]

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26/09/2015 Gritos do Nada

Vidraça

Não serei mais vidraça pro seu grito de guerra Nem admitirei ser fraco ou omisso Aqui quem fala é que nunca espera É quem fez de verdade da luta compromisso. Não aceito seu preconceito descabido Sua neura e sua falta de argumento Me deixe então com meu livre arbítrio! Já que não me é possível […]

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São Paulo habita em mim

25/01/2019 Sonhos Viciados

Eu sou todo saudade,
Entre a São João e avenida liberdade.

Eu sou todo um corpo violado,
Um bar esquecido no altar suspenso das suas coxas.

Eu sou todo pixo,
Pura violência nos muros da sua intimidade.

Eu sou todo abandono,
Adormecido na fileira mais suja do cine Arouche.

Eu sou todo saudade, afogado no barril de corote do meu Vicente vizinho.

Eu sou todo insônia,
Cortando olhares suspeitos na rua Aurora as seis da tarde.

Eu sou todo narcótico, fila no banco, anestesiado pelo vai e vem faminto de suas ruidosas e infinitas janelas.

Sala de espera e enchente. Tudo isso no mesmo abraço.

São Paula habita em mim

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O comício se acaba e só o mar é infinito

12/08/2018 Sonhos Viciados

Palavras de ordem em um caminho que ninguém passa.
O grito das Poesias sonhadas & nunca ditas.

O comício se acaba e só o mar é infinito.
A fome devasta as crianças de olhos pequenos e pés descalços.
Brincamos num mundo inventado onde os pederastas nos vigiam & só o sol castiga.

As mentiras postas pra dormir em doces boas noites.
As pessoas de bem perdem o fôlego.
O som ensurdece e só o sol castiga.

Mais um dia de perigos & nas pirâmides da minha alma eu só repito adoráveis mentiras recorfontantes.

Os ossos inflam, os olhos refletindo todos os seus medos na minha carne.

Os deuses mudos, o comício se acaba, só o sol castiga & só o mar é infinito.

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Esse é o meu poema mais ultrapassado

12/09/2017 Sonhos Viciados

Blockchains, chatbots, algotrades.
Nasci na revolução do agora.
No vazio silenciado da ultima década [esquecida.]

Amanhã vou nascer de novo,
Não lute com seu eu de ontem.
É o que dizem na terra onde ninguém mais se fala.

Espanglês – porque não existe isso na minha língua.
Trademarks – porque todos os signos adoráveis já foram patenteados.

Serei seu novo vizinho analfabeto,
sua língua roubada,
o medo das lanças nos portões,
a covardia de uma assinatura num contrato.

Seduzido nos seus decotes criptografados da minha retina fora de moda.
Sufocado em dígitos, reduzido, binário.

Me sinto uma versão beta construída por estudantes primários fascinados por orgias que nunca participaram.

Serei essa voz de longe arquitetada em sonhos vis.
Essa é minha carta do meu eu de ontem.
Esse é o meu poema mais ultrapassado.

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Recordar é viver

23/05/2011 Colunas - Sonhos Viciados

Em resposta ao Poeta: Dona Inspiração

Essa Dona de saia justa,me encara todos os dias,me fascina seu andar e suas pernas. Me encanta sua ciência inexata,seus olhares desafiadores,a imensidão de sua pele. Dona, me seduz seus segredos,me incomoda seu cálice. Os sábios e estudados lhe dedicam vidas.E eu só vivo cada dia na esperança de suas migalhas.Me reviro, bebo do meu […]

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22/08/2012 Gritos do Nada

Numa noite qualquer

É a porta suja de mais um cinema fechado, e é lá que ela esta esperando por algo que a faça correr dali sem pensar. Lá tem papéis velhos, revistas velhas de ofertas do WallMart, papel higiênico sujo, camisinhas usadas, sujeira e mais sujeira, lá tem tudo que ninguém quer mais… E ela está no […]

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01/08/2013 Gritos do Nada
Tive minhas lágrimas em meus tristes dias de adeus E as derramei com vontade, para secá-las pra sempre

Caminante no hay camino

09/07/2009 Colunas - Gritos do Nada

Espera Repentina

Num desses dias de muito tesão e muito preguiçaVou querer escrever algo que fale o que souComo estou, e porque ainda estou aquiE sei que não vou saber o que falar Num dia desses de chuva fina e leniência grossaQuero poder fazer o que faço melhor, e sorrirQuero ser apenas mais um no muro, só […]

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17/02/2014 Sonhos Viciados

Piazzas II

Estou todo aos pedaços, os senhores que dormem nos bancos também estão aos pedaços. As senhoras que aqui correm apressadas também estão aos pedaços. Os jardins são feitos de pedaços, o cachimbo na mão do garoto é feito de pedaços. Só tenho meia-dúzia de moedas no bolso que me dividem em mais pedaços. […]

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03/11/2014 Zumbido Fugaz

Não durmo do domingo para segunda II

[…]

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Artista



Acervo público Metropolitan Museum of Arts, créditos: