03/02/2014 Sonhos Viciados

Piazzas I

Hélio Oiticica beija minha mão esquerda enquanto eu tento esconder opiáceos dos guardas e malandros dessa rua antiga e sem dono. Me escondo nos paralelos invisíveis da tua língua morta sem tradutores e dicionários. […]

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18/08/2016 Zumbido Fugaz

O passado trás presente

O seu nome ecoa na minha mente Como o sino que insiste Em avisar sobre a missa das 18h O seu corpo comprime meus anseios Mas trás a tona os mesmos medos dos 16 anos Quando eu te vejo chegar um carro bate E eu não sei mais dizer se ainda são 14 cores que […]

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26/09/2015 Gritos do Nada

Vidraça

Não serei mais vidraça pro seu grito de guerra Nem admitirei ser fraco ou omisso Aqui quem fala é que nunca espera É quem fez de verdade da luta compromisso. Não aceito seu preconceito descabido Sua neura e sua falta de argumento Me deixe então com meu livre arbítrio! Já que não me é possível […]

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São Paulo habita em mim

25/01/2019 Sonhos Viciados

Eu sou todo saudade,
Entre a São João e avenida liberdade.

Eu sou todo um corpo violado,
Um bar esquecido no altar suspenso das suas coxas.

Eu sou todo pixo,
Pura violência nos muros da sua intimidade.

Eu sou todo abandono,
Adormecido na fileira mais suja do cine Arouche.

Eu sou todo saudade, afogado no barril de corote do meu Vicente vizinho.

Eu sou todo insônia,
Cortando olhares suspeitos na rua Aurora as seis da tarde.

Eu sou todo narcótico, fila no banco, anestesiado pelo vai e vem faminto de suas ruidosas e infinitas janelas.

Sala de espera e enchente. Tudo isso no mesmo abraço.

São Paula habita em mim

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O comício se acaba e só o mar é infinito

12/08/2018 Sonhos Viciados

Palavras de ordem em um caminho que ninguém passa.
O grito das Poesias sonhadas & nunca ditas.

O comício se acaba e só o mar é infinito.
A fome devasta as crianças de olhos pequenos e pés descalços.
Brincamos num mundo inventado onde os pederastas nos vigiam & só o sol castiga.

As mentiras postas pra dormir em doces boas noites.
As pessoas de bem perdem o fôlego.
O som ensurdece e só o sol castiga.

Mais um dia de perigos & nas pirâmides da minha alma eu só repito adoráveis mentiras recorfontantes.

Os ossos inflam, os olhos refletindo todos os seus medos na minha carne.

Os deuses mudos, o comício se acaba, só o sol castiga & só o mar é infinito.

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Esse é o meu poema mais ultrapassado

12/09/2017 Sonhos Viciados

Blockchains, chatbots, algotrades.
Nasci na revolução do agora.
No vazio silenciado da ultima década [esquecida.]

Amanhã vou nascer de novo,
Não lute com seu eu de ontem.
É o que dizem na terra onde ninguém mais se fala.

Espanglês – porque não existe isso na minha língua.
Trademarks – porque todos os signos adoráveis já foram patenteados.

Serei seu novo vizinho analfabeto,
sua língua roubada,
o medo das lanças nos portões,
a covardia de uma assinatura num contrato.

Seduzido nos seus decotes criptografados da minha retina fora de moda.
Sufocado em dígitos, reduzido, binário.

Me sinto uma versão beta construída por estudantes primários fascinados por orgias que nunca participaram.

Serei essa voz de longe arquitetada em sonhos vis.
Essa é minha carta do meu eu de ontem.
Esse é o meu poema mais ultrapassado.

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Recordar é viver

30/03/2012 Zumbido Fugaz

Mal de outro século

Você é um dos últimos ultrarromânticos daqueles que os séculos levaram para longe com um jeito Príncipe da Pércia que me encanta com tão doces palavras e me enlouquece com dolorosas mordidas. […]

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03/10/2012 Gritos do Nada

O Circo…

Eles vomitam tudo que não querem em nossas cabeças Mas pedem com fina educação para abrirmos bem as nossas bocas Mas não vão perguntar pra gente se gostamos ou não do sabor E não importa, eles comem o que podem e regurgitam o que não digerem Sobras, somos um povo que vive só do que […]

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21/02/2014 Gritos do Nada

Um senhor morreu na rua do lado

Quase meio dia, o sol quase nos mata Um tiro e uma corrida, um roubo de 7 reais … um senhor morreu baleado na rua do lado Não se sabe se foi vingança, a polícia certa com fitas o local Cobrem com jornais o sangue que corre grosso pra sarjeta Porque um senhor morreu baleado […]

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05/04/2012 Colunas - Sonhos Viciados

As minhas estrelas brilham todas as noites

Eu vivo de uma utopia que ela são como as estrelas. A gente nunca alcança as estrelas, mas que seria de nossas noites se não houvesse as estrelas? Que seria dos navegantes? … Elas orientam, elas animam a caminhada.Leonardo Boff Musas perfeitas nas capas de revista. Tem gente que acredita nisso. As mesmas que riem […]

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02/08/2012 Gritos do Nada

Dia difícil

Maldito Relógio! Não sei amaldiçoou o relógio ou tempo, hoje pra mim é tudo a mesma coisa. Levanto e estou péssima, meu cabelo não fica bom de jeito algum e nem batom, hoje, eu quero passar… Jogo o cabelo numa piranha, prendo num rabo de cavalo e foda-se, o mundo num é uma merda comigo? […]

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16/05/2012 Gritos do Nada

Cinemas na Ipiranga

Nunca vi uma pornochanchada… Dos heróis cheios de palavrão Eu mesmo nunca entendi esse facínio Com o cinema do mundo cão Pornochanchada só me lembra decadência! Tiozinhos estranhos nos cinemas da Ipiranga As putas distribuindo sorrisos e panfletos Eu, garoto ainda, puxando meu pai pela camisa Pornochanchada me lembra Sete Anões… E um Tarcisio Meira […]

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Artista



Acervo público Metropolitan Museum of Arts, créditos: