O silêncio tem sido testemunha Das marcas de minhas amarguras Que pelas dores da artimanha Secaram as palavras Doce sono da solidão Que me embriaga com seu luto E não conhecendo o perdão Embaçam-me o futuro Caminhos lúcidos não me transam Onde as flores me fervem aos olhos Sobre as águas que me atravessam Desoladas […]
Categoria: Hábitos Necrófagos
Contruibuições de parceiros, amigos, entusiastas. Mais vozes de quem se arrasta nas madrugadas ou desfaz a lógica dos dias
Um filme num cinema qualquer
Em foco As películas rolam As mentiras feitas que geram lucro Ou delas que sobrevém a grande história Vezes eu desfoco para não me iludir Uma maneira simples de fugir dos conflitos Fingindo que os problemas não existem O filme se desenrola, sua cabeça no meu ombro Recosto minha face nos seus cabelos escuros E […]
Ariana
Cadê o amor, Ariana? Cadê você? Cadê as noites mal dormidas, Ariana? Cadê? Ah, Ariana Lembro de tuas palavras de admiração, De carinho e de paixão, E o quão doce era as ler. E cadê a lua sempre citada, Ariana? Cadê você? E cadê teu corpo esguio e sorriso vil, Ariana? Cadê? Ah, Ariana O […]
Loucura lúcida
Foi o sopro da verdade Diziam todos com versos ensaiados Cuspindo idéias casuais em meus ouvidos E reinventando teorias já ouvidas Concordando talvez em pensamentos fúteis. Examino os com cautela Cautela também ensaiada e reinventada Com medo de cair em desventura Não tomo nenhum partido Apenas suspiro e fujo dos olhares condenadores. Me tarjam de […]
Moço da pele morena dos índios da Linha do Equador
Era verão, de um verão que te derrete a alma de tão intenso. A alma dele podia-se perceber pelos olhos. Ah, os olhos! E junto com eles vinha o andar confiante, arrogante, de quem conhece os caminhos – mesmo que não os tenha trilhado. Era mais moço que eu, mas estar em sua presença me […]