Meus olhos registram a gente deslizando por ai
Na calçada lustrada com o sêmen de nossas infâncias pervertidas.
Meus olhos registram
a gente trocando nomes, marcas e sonhos. Eu comprei um vestido pra ti.
Eu mergulhei no mar de tuas notas. Seria intimidade? Dó no sofá, semínima de amor jovem.
O segundo negro contaminado de frustração, magia e medo.
Nossos sonhos congelados em pilares de luz. Ânsia e sorte numa mesma frase.
Devia ter um registro pra essas histórias. Devia ter ouvidos em confessionários.
Ninfas convertidas em pop modernidade. Meus dedos nulos. É hora de ir embora.
Meus amigos queimam o nariz.
Não tem verbo virgem. Não tem prece, deslizes.
É hora de ir embora.