Cuidadosamente posta na pia do banheiro,
uma presilha de cabelo, encontro.
Roxa, com um aroma floral, mas marcante.
De uma mulher que soltou seus cabelos
e deixou seu charme livre para desfilar
pelas calçadas frias da Industrial.
Da mulher que se desesperou e suou
para não perder o ônibus de manhã.
Da mulher que sentiu seu rosto
áspero de pelos mais cedo.
Aquela que não se vangloria pelo seu trabalho,
mas que se diverte quando está entorpecida
pelo ilícito e lícito.
Ela que dá de dez a zero em você
nasceu menino, mas a vida a tornou feminina.