Uma revolta sem um rosto, sem um líder pra se desviar
Queria cantar à coragem dessa gente, que sai a rua.
Quero cantar o canto dos que se lembraram
Que lugar de povo é na rua a caminhar..
Canto o canto dos que cansaram
Que estão cheios de apenas acreditar.
Dos que perderam a esperança no voto
E renovaram suas esperanças no povo
Quero cantar o canto dos que confundem os jornais
Que perdem tempo em explicar o que não conseguem ver
Canto o canto daqueles que não se importam com editoriais
Que não assistem as notícias, as produzem na rua…
E eu quero ouvir a rua, as lágrima de alegria, quero ouvir a vida!
E ver a vida melhorar com a força da nossa raiva, da nossa revolta.
Quero ver as bandeiras sem letras, os cartazes feitos em casa
A emoção partilhada que faz de cada protestante um irmão
Assistir os jornais atônicos, sem entender a situação
Quero ver os jovens, as senhoras, as crianças… o povo!
Não é hora de nomes! Chegou a hora da gente?
Não! Passou da nossa hora, mas ainda é tempo!
Eu quis cantar o grito das ruas
Mas o melhor ir pras ruas e gritar!