Câmera acelerada, pombos fazem a guarda de janelas esquecidas. Avançando faróis vermelhos, gosto de ração geneticamente modificada.
Sem dormir, como frangos em cativeiros, temos certezas e elas não são da mais animadoras.
Viver pode ser emocionante. Sonegar impostos, cometer pequenos delitos, colecionar figurinhas de amores perdidos ou escorregar em olhares trocados.
Não ver a luz do dia, sorriso frouxo de cantava vazia, a gente nunca dorme, os bares nunca fecham.
Igrejas ortodoxas para nossas libidos.
Ditadores esquizofrênicos para os nossos divinos arbítrios.
Que desejo descontrolado é esse por corromper amores puros?
Quem tem problemas com sono nunca sabe onde começa os sonhos e a realidade, como nos filmes, não é, Descartes?
Colecionar figurinhas, quantas bocas sem sonho. Vamos morrer por dentro, lendo notícias policiais com nossos cafés mornos.
Quem ainda lembra de algum amor puro?