Caminante no hay camino

01/08/2013 Gritos do Nada

Me encantam sempre as dores que estão por vir
Pois já estou farto das que carrego do passado

As cicatrizes? As carrego só na alma
No rosto levo o sorriso, quase sempre é real

E como tenho sorrisos e como são enormes
E tenho amores e foram e são eternos e vivos!

Tive minhas lágrimas em meus tristes dias de adeus
E as derramei com vontade, para secá-las pra sempre

Mas é preciso secar as lágrimas com vento forte no rosto
E não cansar e não desistir ao menor sinal de desgosto

Sorrir! Quando o mundo lhe diz o contrário!
Viver! Quando seria mais fácil desistir

Verdade! Mesmo quando lhe pedem a mentira
Mentira! Quando não aguentarem a verdade

***

Não há opção no horizonte, ou seja você ou não seja ninguém
Até porque ser você é o melhor que podemos fazer…

Não siga, imponha! Não tema, enfrente! Não vacile, faça!
O mundo não se enfrenta sozinho, mas seus medos só você pode

Dê a mão a alguém, como se lhe entregasse a própria vida
Porque deve fazer tudo para sempre, ou nunca fazer nada…

Eu não coleciono acertos, me sempre lembro é dos erros
Dos que cometi, quase nada, dos que cometeram? Tudo!

Disse mais “te perdoo” do que “me desculpe”
Não precisamos todos cometer esse erro…

Mas eu nunca busquei a virtuose falsa dos “justos”
Nem tão pouco tentei o caminho torto dos fracos

Fiz meu caminho, caminhando enquanto o faço
Sendo forte e sendo fraco, sendo eu em todo momento

E como é difícil ser você mesmo, pois é algo que ninguém pode ensinar
Tente ser suave quando der e forte quando precisar, somos duais como o vento

***

Não contei com ninguém, e dependi de quase todos
Pois ser sozinho só é pior do que estar morto

O nosso futuro nos reserva oportunidades, mas também o nosso fim
Para chegar o fim não é preciso nada, pras oportunidades não deixe de correr

Porque o melhor caminho é sempre o que vamos abrindo ao viver
E saber fazer o seu caminho é o único jeito de ir em frente

Alguém que se perde facilmente entre cerveja, noites, amores, sexo, shows, músicas, letras, palavras, motos, asfalto, montanhas, amigos e nunca acha que é muito o muito pouco que viveu!

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Acervo público Metropolitan Museum of Arts, créditos: