Sorri o sorriso dos derrotados
E você se levantou sem me olhar
Deitei a cabeça de volta no travesseiro
Havia já a certeza, dessa vez não voltará
Peguei o celular no criado mudo, mas que importam as horas?
Perguntou-me sobre suas meias, levantou o lençol do chão…
A porta do banheiro aberta me deixava ver
Suas escovas e cremes já estavam na mochila
Me deu um tchau apressado, falou em ligar depois
Sabemos que foi a última vez, sem falar ou sentir
O banheiro estava cheio de você, do seu cheiro
Coloquei uma calça qualquer e fui ao terraço
Na cadeira de plástico uma lembrança sua jazia
Pensei em ligar, pedir pra voltar, dizer que esqueceu algo
Mas preferi fumar o resto dos cigarros no maço que esqueceu
Pra tentar esquecer seu gosto amargo, que já foi doce…