Nenhum me representa
Só eu falo por mim
E o que se apresenta
Hoje é o começo do fim
E de quase tudo que falei
Só do silêncio me arrependo
Pois as palavras que não usei
Tem quase tudo que entendo
E se você confia neles
Você os merece então
Minha raiva é contra eles
Os velhos donos da nação
Se você os quer defender
Que faça isso mesmo
Prefiro não me comprometer
E poder criticar a esmo
E cada um que não desafia
O poder de um coronel alado
E prefere, mansinho, a covardia
De xingar quem mora ao lado
É alguém que nem merece
O tempo de um insulto
Pois só de pensar me aborrece
O tanto que és inculto
Melhor perder meu tempo
Em outro livro, outra história
Me alimentar no vendo
De um futuro, enfim, de glória.