Ninguém me Representa

24/06/2017 Gritos do Nada

Nenhum me representa
Só eu falo por mim
E o que se apresenta
Hoje é o começo do fim

E de quase tudo que falei
Só do silêncio me arrependo
Pois as palavras que não usei
Tem quase tudo que entendo

E se você confia neles
Você os merece então
Minha raiva é contra eles
Os velhos donos da nação

Se você os quer defender
Que faça isso mesmo
Prefiro não me comprometer
E poder criticar a esmo

E cada um que não desafia
O poder de um coronel alado
E prefere, mansinho, a covardia
De xingar quem mora ao lado

É alguém que nem merece
O tempo de um insulto
Pois só de pensar me aborrece
O tanto que és inculto

Melhor perder meu tempo
Em outro livro, outra história
Me alimentar no vendo
De um futuro, enfim, de glória.

Alguém que se perde facilmente entre cerveja, noites, amores, sexo, shows, músicas, letras, palavras, motos, asfalto, montanhas, amigos e nunca acha que é muito o muito pouco que viveu!

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Acervo público Metropolitan Museum of Arts, créditos: