Talvez não seja domingo o melhor dia de conjecturar
Ou talvez nunca seja
As mãos perdidas entre o fazer e o pensar
São pesadas ferramentas
A música lá fora me irrita e indigna
Seja o que for o que ouvem não é pra mim
Domingo deito e levanto e nada acorda
Tudo é a espera do dia que vem (ou que bem)
As letras se perdem na vontade
De dizer todas as coisas que não entendo
Domingo é o dia de perguntar
O que porra mesmo planejei pra mim?
E lamentar.(?)
Já não sei em que domingo adormeci
Eu e meus sonhos de grandeza
Hoje me acomodo num livro
Escrito sob um mundo que não é meu
O único pensamento que incomoda é:
Qual história sobrou pra eu contar?