Sou péssimo pra escrever…

14/09/2011 Gritos do Nada
Estudo sobre o Corpo Humano

Uma dor que engrandece minhas lágrimas
E torna molhada a terra do caminho
Mas é sem coragem o coração sozinho
Que lamenta e deixa pra trás suas vítimas

Perco a vontade vendo a mudança no relógio
Porque contar minutos é mais inútil que sofrer
E, por favor, não espere de mim mais nenhum elogio
Estou cansado de todos me olharem sem me ver

Perdi os documentos numa esquina e me libertei
Sonhei com seus beijos quentes pra variar
Disse e escrevi sobre amor e mais coisas que não sei
Me levantei com pressa, pra voltar a desabar.

Ouvi suas palavras como se fossem verdades
Nunca estou na sua confortável posição de duvidar
Lembrei do seu abraço e sorriso e senti saudades
Enquanto falava dos meus defeitos sem me olhar

Ouvi que me perdoa por ser como sou
E nem nesse perdão senti sinceridade
Me diz agora, por favor,  pra onde que vou
Se pra você nada que digo pode ser verdade

Eu aceito as condições, mas não aceito feliz
Impossível não ser assim, senão faço o que quero
Quero a liberdade de lhe ter, e ai o que me diz?
Senão pode ser assim, é triste, mas é um “não” o que espero

Alguém que se perde facilmente entre cerveja, noites, amores, sexo, shows, músicas, letras, palavras, motos, asfalto, montanhas, amigos e nunca acha que é muito o muito pouco que viveu!

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Artista



Acervo público Metropolitan Museum of Arts, créditos: