O vento atravessa a sala, cozinha, silêncio.

24/01/2013 Sonhos Viciados

Um apartamento sem móveis.
Ela gosta de tomar sol no chão da sala.

Hoje a noite tem festa.
Ultimamente venho aproveitando os dias seguintes.

Sem ressaca, mas com todas as dores de bêbado ressentido.
Ela fez as unhas, arrumou o cabelo.

Ressentimento de bêbado,
já cheguei nas tuas feridas, mas não sei dos teus segredos.

O vento atravessa a sala, cozinha, silêncio.
Olhando assim ela não tem medos, só uma camisa – minha. Suada, ela e a camisa.

Aqui uma escrivaninha, ali os fios da tomada – carentes de reparo.
Corrente alternada, nossos corpos dissonantes.

Outra frequência, hoje tem festa.
Ressonância, química, magnética.

Um apartamento sem móveis.
O vento atravessa a sala, cozinha, silêncio.

Hoje tem festa, ela arrumou os cabelos.
Relógio adiantado. Ressentimento de bêbado.

Um cara entre vielas cheias de gente e ônibus lotado. Que se perde em alguns bares e se põe a ver a velocidade dessa gente. E rir da estupidez dessa lógica.

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