18/08/2016 Zumbido Fugaz

O passado trás presente

O seu nome ecoa na minha mente Como o sino que insiste Em avisar sobre a missa das 18h O seu corpo comprime meus anseios Mas trás a tona os mesmos medos dos 16 anos Quando eu te vejo chegar um carro bate E eu não sei mais dizer se ainda são 14 cores que […]

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03/02/2014 Sonhos Viciados

Piazzas I

Hélio Oiticica beija minha mão esquerda enquanto eu tento esconder opiáceos dos guardas e malandros dessa rua antiga e sem dono. Me escondo nos paralelos invisíveis da tua língua morta sem tradutores e dicionários. […]

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26/09/2015 Gritos do Nada

Vidraça

Não serei mais vidraça pro seu grito de guerra Nem admitirei ser fraco ou omisso Aqui quem fala é que nunca espera É quem fez de verdade da luta compromisso. Não aceito seu preconceito descabido Sua neura e sua falta de argumento Me deixe então com meu livre arbítrio! Já que não me é possível […]

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Uma piñata feita com uma mochila Rappi

26/08/2020 Sonhos Viciados
Breque dos Apps

Uma piñata feita com uma mochila Rappi.
A ideia não é minha, uma pena.
Achei deliciosa e triste.

O que será que leva dentro?
Entrega o lanche putrefado da história dos nossos dias de delírio?

O mundo 4.0. A internet das coisas que colocaram na nossa cabeça.
Estas ideias que não são tuas, nem minhas.

Uma piñata feita com a mochila do Rappi.
Essa ideia não é minha, nem tua.

Entrega em 24 horas.
Carteira de trabalho verde amarela.
Agora você deve agradecer
pra ter um lugar pra por teu nome.

Essa energia está mim, está em você.
Uma piñata feita com uma mochila Rappi
Eu daria dois duros golpes, amarraria no poste,
ou usaria uma navalha pra acabar logo com isso. [não fuja pra Alemanha, caro deputado]

Uma piñata que leva na sua carne o mundo moderno,
pós-verdade, tudo corre livre [até tuas ideias sujas e antiquadas.]

As crianças já se agitam.
O que será que leva dentro?
O suor triste do operário?

O sorriso torto de uma alegoria
delicadamente programada pra apanhar & morrer.

Votar 38, lustrar uma .40, adorar um Deus

É muito fácil ser valente,
amontoar opiniões & cultivar estas ideias ultrapassadas.
Quando os mais frágeis estão delicadamente
expostos & aprisionados
para apanhar & morrer.

Imagem: Roberto Parizotti/Fotos Publicas

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Eles dizem pra eu consumir

22/03/2019 Gritos do Nada

Eles dizem pra eu consumir
Logo eles que me consomem

Eles que pagam com grana
Aquilo que não se recupera

Dizem que a grana compra a satisfação
De ter algo feito com o tempo de alguém

Eles dizem pra eu consumir
Logo eu que queria só viver

Mas a grana paga o tempo que perdi?
Compro sorrisos de plástico na prateleira?

É tudo comércio e comercial
Vivem eles vampiros do meu tempo

É vida essa vida automática?
Do horário, do salário e do aceitar?

Eles dizem que é pra eu consumir
Logo eles que me deixam apenas existir

Finge aí um sorriso e fica bonito na foto
Você morre e sobra seu sorriso sem graça

Disseram que o tempo não tem preço
Que viver é um valor inestimável

Mas é por hora que eu recebo e lamento
Pois vendo barato cada minuto que me falta

É… Eles dizem que é pra eu acreditar
Vem no comercial que é só querer

Fico olhando a moça negra favelada
3 horas pra ir 3 pra voltar no busão

Pouco estudo muito trampo
Pouco salário muito tranco

Me responde aí que eu me perdi
Será que ela quis ser miserável então?

Eles dizem que é pra eu consumir
Posso estar ficando bobo, sei não

Mas o dinheiro que eles pagam
Pela vida que desperdiço

Eles querem de volta
Pra reiniciar esse ciclo…

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Todo final é feliz! (?)

31/01/2019 Gritos do Nada

Todo final é feliz
Porque o fim acaba com tudo

Eu sempre quis
Vencer esse mundo

Mas quem é feliz?
Sendo ignorado ou mudo

Quem é que quis?
Salvar-se no fim de tudo

Não há respostas
Corretas ou erradas

Não quero saber
Das coisas passadas

Me diz pra viver
Esperando por nada

Mas como saber
A hora da guinada

Perdi a esperança
Numa curva errada

Chorei como criança
A bebida derramada

Deseja a plebe mansa
Quem operada a jogada

Mas a revolta avança
Sobre a morte anunciada

Onde mora a beleza
Se aqui não nasce nada

Quem pediu por certeza
Perdeu-se pela estrada

Quem tem destreza
Mantem a chama apagada

Se diz da realeza
Os donos dessa barca furada

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Recordar é viver

19/09/2012 Gritos do Nada

Prexeca

Trabalhava o dia inteiro num repartição qualquer Funcionário público de mais de 10 anos… Sua função é desconhecida, nem ele sabe o que é Xingava cada passo que dava pra ir ao trabalho Esmurrava o despertador as 7 da manhã Sobia a Cupêce aos gritos de “caralho”!!! O dia era uma lenta tortura, intensa e […]

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29/08/2012 Gritos do Nada

Uma Poliana da noite…

Ela pediu outro café, mas precisou falar novamente com o atendente do balcão que dividia sua atenção entre seu decote e os gols da última rodada na TV… Deu as últimas mordidas no pão na chapa (como é bom pão na chapa né?) e dê um gole só terminou o café puro que o atendente, […]

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03/05/2013 Colunas - Zumbido Fugaz

Promessas de fim de ano

Hoje meu chefe chegou e me chamou… -Hey, me ajuda a escolher uma imagem para a divulgação da festa para o dia dos namorados? -Dia dos namorados? Oh sim, já estamos no início de maio e já temos que começar a pensar na propaganda para esse dia dos namorados que só comemora-se por aqui, nesse […]

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10/10/2014 Sonhos Viciados
Nunca beijei bandeira alguma e todos os hinos que protelei foram repetições que alimentavam ainda mais ódio e a certeza de não ser daqui.

Expatriado

14/12/2011 Zumbido Fugaz

Foda-se

  Eu to cansada… Cansada desses pais que não entendem a natureza de seus filhos e os obriga a seguir essa crença maldita até quando podem. Ah eu to cansada do seu sentimentalismo barato que acha que um ”eu te amo” pode resolver tudo na nossa relação. Como eu to cansada de ter que manter […]

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26/04/2013 Gritos do Nada

Tecno-existência II – Um personagem vazio…

Deu check-in na estação do metrô Procurou, vã tentativa, um ponto de wifi Pensou em postar que hoje chorou Sorriu, achando isso clichê demais Saiu do vagão e deixou-se levar pela escada rolante No caminho reclamou alguma coisa na TL do Twitter Leu um retweet: “Idiotas fazem disso alto-falante” Vestiu a carapuça! Mas chegou o […]

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Artista



Acervo público Metropolitan Museum of Arts, créditos: