Marcas e Chuva

18/10/2011 Gritos do Nada

Tenho contado os minutos, intermináveis de antes de te beijar
Mesmos minutos vadios que passam voando quando estamos grudados
Perdi a conta dos sorrisos que dou quando do nada começo a lembrar
Dos deliciosos minutos rápidos que abraçado a você passei encantado

Nos seus beijos o gosto da chuva, estou adorando e não disfarço
A chuva que mistura no beijo o sabor salgado do seu rosto
Minha mão molha suas costas nuas no meio do abraço
E a chuva gelada deveria nos esfriar, mas acontece o oposto

Chega a hora de ir, e assisto ainda bobo o seu caminhar
Deixou algo a mais em mim, algo que não vai embora com a chuva
Alguma coisa que fica, pra além das marcas no rosto e do olhar
Que faz da vontade de te ver algo impossível de controlar

Tem duas coisas que sempre ficam quando você vai embora
Uma é a sabida saudade, que só passa quando chega o outro dia
Outra é o sorriso que dou no fim de cada beijo… que nunca se desfaz!

Alguém que se perde facilmente entre cerveja, noites, amores, sexo, shows, músicas, letras, palavras, motos, asfalto, montanhas, amigos e nunca acha que é muito o muito pouco que viveu!

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Artista



Acervo público Metropolitan Museum of Arts, créditos: