Inocência desinibida
De quem vive a vida
De desenhar cada passo
De rir de cada descompasso
Das ruas estreitas e boulevares
Dos amores desfeitos aos pares
É nos hotéis velhos que dorme
Ou apenas exista nos conformes
Que de dia se dispa da normalidade
E vive seu dia, nas ruas, em frugalidade
Nadja dança e canta
Música que não conheço
Nadja me assusta e encanta
E preso a ela permaneço
Todas as cervejas bebi
Em todos os cafés morri
Andei as ruas e os bares
Senti da noite todos os ares
Vi seus desenhos sem sentido
E declamei elogio medito
Ouvi de ti os amores e ilusões
E não fui das melhores opções
Nadja dança e canta
Música que não conheço
Nadja me assusta e encanta
E preso a ela permaneço
Ela me fez perguntas que nunca fiz
Teve respostas que nunca se diz
Fez desenhos que me retrataram
Mas quem sou entre seus desenhos?
Disse frases que nunca esqueci
E fez coisas que não permiti
Terá sido Nadja pura ilusão?
Terá sido Nadja puta então?
Nadja dança e canta
Música que não conheço
Nadja me assusta e encanta
E preso a ela permaneço