Eu vivo de uma utopia que ela são como as estrelas. A gente nunca alcança as estrelas, mas que seria de nossas noites se não houvesse as estrelas? Que seria dos navegantes? … Elas orientam, elas animam a caminhada.
Leonardo Boff
Musas perfeitas nas capas de revista. Tem gente que acredita nisso.
As mesmas que riem das minhas utopias perfeitas.
No fundo acho que eles são mais espertos, preferem crer na bunda da Juliana Paes.
Se fizer direito José Mayer vira galã.
Duro pensar que somos os eternos espectadores. Ao menos até ontem.
Hoje botaram uma câmera aqui no escritório. “Para sua segurança”. Sempre assim. Agora viro estrela, pego a Dolores na bicicleta.
Os olhos da moral, da igreja e do estado 24 horas por dia. O pay-per-view é ser amigo do segurança.
Hoje não conversei com ninguém, mesmo com todos os meus amigos disponíveis no celular. E isso é cada vez mais estranho e normal.
As vezes faz falta um Photoshop,
As vezes todas as loiras siliconadas e de biquini da mansão playboy não fazem a menor diferença.
Nos meus sonhos a bunda da Juliana Paes é igual das revistas e minhas utopias são realidades rotineiras. Invisíveis, como as câmeras que se multiplicam em todo canto e todo mundo acha normal. Como a disponibilidade amena e frágil dos amigos no celular.
E por aqui, não acredito em capas de revistas, mas as estrelas brilham todas as noites.