Esse espaço do backstage, tão abandonado, é (ou era) pra ser onde fazemos discussões sobre nossa produção, isto é, um tipo de ‘comofas’ do site, de onde partem as idéias e piriri e pororo.
Com isso quero ressuscitar esse espaço trazendo uma reflexão sobre meu próximo, e tenebroso, objetivo: escrever contos e depois um romance!
E o que aferi até agora é que: Essa porra é difícil pra caralho!
Mesmo eu sendo um bom mentiroso (Rá!) escrever uma história com o mínimo de coerência, com começo, meio e fim e ainda fazê-la interessante é deveras dificultoso!
Até porque eu tenho dificuldade em fazer meu personagem interagir com outros, com diálogos e tals, por isso não sei se tenho “tempo” de literatura pra manter o fôlego da história nos diálogos… pode perceber que é sempre narrativa os poucos contos que eu escrevo.
Sobre os personagens que agora povoam meu imaginário noturno e obscuro o Gustavo (Garoa na Praça – Gustavo e o começo do fim e Até os dias fáceis são difíceis e Outra Noite) tem um mundo de possibilidades, assim como qualquer personagem que a gente quiser… assim como a gente, aliás.
A Irina (Irina) vez ou outra me “manda um beijo”… fico remoendo ela, pensando em onde colocá-la.
A Irina voltou num daqueles textos que fiz pra contagem regressiva (5 histórias em 5 estrofes), engraçado é que eu penso nela como uma personagem até mais “completa” que o Gustavo, eu tenho a imagem dela na minha cabeça sabe? Convivi ao longo desses anos indo em baladas de Rock com várias “Irinas” e por isso é fácil pensar nela… porém eu fico sem saber o que fazer com ela, sabe?
Não sei em que situações colocá-la pra imaginar como ela vai se virar… é estranho isso, pra mim escrever é quase como jogar um video game, você tem o personagem e cada nova história é uma fase, então dentro das limitações dele você vai atravessando as fases…
Meu problema com a Irina é esse, num consigo colocar ela em fase nenhuma pra passar… rs
Já o Gustavo eu imagino tanta coisa, ele pode interagir com tantos personagens e de formas tão diversas que fica até “fácil” formar enredos, e ainda assim quase nada saí… rs
Quando saí é absolutamente anárquico o treco, eu penso o começo e depois a história segue o caminho que quiser, ele (o Gustavo) parece mesmo ter vida própria, e as coisas ocorrem com ele e eu me sinto muito pouco no comando da coisa toda. Como disse, é quase como jogar videogame, porque eu controlo o bonequinho, mas há tantas variáveis, que também me sinto “passageiro” da história que estou escrevendo… louco né?
A Poliana, essa linda, me parece ser uma valvula de escape e tanto, um travesti irresistível (pra quem curte, óbvio) num mundo cheio de brigas, mentiras, hipocrisia, perigos, doenças e todas as etc’s de um mundo tão distante e ao mesmo tempo tão próximo, (Uma Poliana das Noites e Poliana e Os medos da Noite) mas ainda num sei pra onde ir com ela, que caminhos ela pode seguir, as vezes parece que eu comecei a história do meio, que tinha que ter um prólogo antes da chegada dela à rua… mas de onde ela veio? Eu, que a criei, ainda não faço ideia… embora divise um passado triste, com decepções, agressões, amores perdidos e tudo que uma boa tragédia deve ter… mas como fazê-lo?
Espero descubrir logo…
Abraz!
“Memento Mori et Carpe Diem”
“Si Vis Pacem, Para Bellum”