Sobre os Motivos

02/09/2013 Gritos do Nada

Poesias eu fiz pela revolta, infantil e até injustificada.
Escrevi pelas dores e pelas alegrias… Poesias eu fiz pra me gabar!
E podem não acreditar, mas poesias eu também fiz pra conquistar… como fiz depois pra lamentar perdas, as do coração e as da vida.
Muitas vezes o amor (ou o tesão?) transbordou dos meus dedos e virou poesia cheia de rimas e métrica e essas bobagens!

Ah o amor, quantas vezes me envergonhou ver na tela todo meu sentimento, brega e bobo, espalhado em palavras e palavras…
Como se as palavras (malditas sejam) fossem suficientes!

Quando as palavras bastam não são necessárias, quando as palavras não bastam, não são precisas!

Chorei só através das letras muitas vezes, e só chorei na tela pra manter no rosto um sorriso forçado…
Pois fiz poesias para as minhas verdades e fui sincero até quando fiz poesias para minhas mentiras!

Com a liberdade poética contei segredos que tenho vergonha de lembrar e esperei que todos lessem sem saber!
E mesmo assim nunca prestei contas a ninguém, nunca tive coragem de me explicar…

Lá em cada letra, palavra, vírgula, verso, assento, imagem, link muitas vezes tem mais de mim do que em mim mesmo!

Sou poeta sujo e faço da minha vida uma obra grosseira, disforme, incompleta, sublime, suja, linda e acima de tudo minha e original!

Não posso dizer que faço poesia pra viver, não vivo disso e longe de mim tal pretensão… mas posso dizer que vivo pra fazer poesia, que é a vida o principal combustível das minhas viagens com as letras…

Até porque considero que poetas somos todos nós, porque, afinal e ao cabo, poesia é o mundo inteiro!

Alguém que se perde facilmente entre cerveja, noites, amores, sexo, shows, músicas, letras, palavras, motos, asfalto, montanhas, amigos e nunca acha que é muito o muito pouco que viveu!

Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas Postagens

13/11/2024 Gritos do Nada

Vilão?

todo mundo é vilão na história de alguém o foda é ser vilão na própria história também a faca rasga o braço e o que sai é sangue ou sofrimento?eles nem olham no seu olho, mas rápido dizem “eu lamento”lamento o que, diz aí? lamenta pelo que eu fiz ou pelo que sofrilamenta pelo que […]

Leia mais…

09/11/2024 Gritos do Nada

Os gritos que não dei

Seguro o choro segura o choro!Que agora é hora de sorrir! finge um sorriso pro insta!segura essa lágrima que quer cair!! todo mundo te pergunta se você tá bem, mas ninguém quer a resposta!Cada um fechadinho no seu mundinho de bosta!abre a janela, tira o olho do celular! Pega o sol, a vida bela, se […]

Leia mais…

19/01/2024 Sonhos Viciados

Reza em hospital

Tento lembrar se existia paz quando minha única morada eram as ruas líquidas do ventre da minha mãe. Reza em hospital. Peço a Deus ao menos os grunhidos das crianças lá fora.  Mergulho no meu mais triste silêncio. Os doutores, os relatórios, os sinais perversos dos desastres naturais que nos arrebatem. Eu rezo, quem sabe […]

Leia mais…

24/12/2022 Gritos do Nada

Jogadas ao vento

As paredes não enxergam Mas dizem que tem ouvidos Beliscam azulejos, beijam cotovelos Os loucos fazem o impossível Deita sobre a relva o amor Que se desfaz em orvalho na grama Só entende quem ama! Mas tudo está por dizer Nada NUNCA foi feito E sem feito nada será Cubro o rosto com a capa […]

Leia mais…

22/12/2022 Coletivo

Ruas, pessoas e perdidos

Rua, pessoas e movimentos estreitosOlho pra fora, o mundo já não é o mesmo Prende a respiração, segura o choroOlho pra dentro, vazio e desespero. No chão bitucas de sorrisosNo céu o canto triste das estrelas Tudo é meio, nada é fimOs mesmos erros que não canso de repetir Toda noite eles cantam pra mimAmanhã, […]

Leia mais…

26/08/2020 Sonhos Viciados
O que será que leva dentro? O suor triste do operário?

Uma piñata feita com uma mochila Rappi

Artista



Acervo público Metropolitan Museum of Arts, créditos: